INVENTARIO PARELHEIROS
I SEMANA CONHECENDO CÉUS E TERRAS
-Ano Internacional da Terra-
08-13 de setembro de 2008
OBJETIVOS
Este inventário registra as ações realizadas e avaliação sobre o foco específico deste evento. São atividades não típicas de uma Subprefeitura, mas imprescindíveis para o desenvolvimento sustentável regional. Este evento reuniu professores, estudante, técnicos da prefeitura e servidores.
A Subprefeitura de Parelheiros promove o resgate da Cratera de Colônia um patrimônio histórico, científico e econômico da região. A I Conferência Científica da Cratera em 2006 estabeleceu algumas linhas neste campo. Já a II Conferência Cientifica da Cratera se amplia com um conjunto de atividades ao redor da idéia de “Sistema da Cratera de Colônia” incorporando a noção de economia local e a articulação com a comunidade, escolas e o conjunto da cidade.
O objetivo é motivar o conhecimento dos recursos da economia através da cultura, assim como, despertar vocações na juventude local. Essa linha de articulações está sintonizada com o fato de a implantação do CEU de Parelheiros (Centro de Educação Unificada) virá com um PLANETÁRIO, fato que agregará um significativo valor à região de Parelheiros.
Para concretizar estas atividades, sem recursos previstos e com muito trabalho voluntários tivemos a colaboração de muitos, o que queremos desde já agradecer.
Walter Tesch
O QUE FOI O DESPERTANDO VOCAÇÕES: ATIVIDADE NAS ESCOLAS
No conjunto da programação da I SEMANA CONHECENDO CEUS E TERRAS foi programada uma atividade com o tema: DESPERTANDO VOCAÇÕES. Esta atividade coordenada com as Escolas que atendem alunos do 1º ao 3º ano do ensino médio. A Escola interessada visitada agendava esta atividade a própria Escola.
Previamente foi realizada um visitas a várias Escolas promovendo o evento,levando o mapa da região e informações. Em algumas destas Escolas se abriu um denate e intercambio com o Subprefeito e em outras o material e convite foi entregue apenas a coordenadores e professores.
As quatro Escolas inscritas receberam especialistas para expor, refletir e debater o espaço e as possibilidades de atividades e profissões ligadas ao sistema econômico da Cratera de Colônia, ao patrimônio ambiental e a biodiversidade, histórico e cultural de Parelheiros.
Foi muito importante a colaboração do Professor de Geografia Siegmar Harry Glowik da Escola Paulino Esposo e os profissionais da servidores da Subprefeitura.: Otavio, Antonio, Lourdes, Sidney, Rebouças, Solange, Valmir, Victor e Francisco. Participaram destas atividades junto às Escolas cerca de 300 pessoas.
ABERTURA E EXPOSIÇÃO GEOARTE O CAMINHO DAS PEDRAS
A Abertura foi feita no saguão da Subprefeitura de Parelheiros onde se apresentou as atividades a serem desenvolvidas durante a semana. Houve a participação e manifestação de alguns professores, diretor e alunos do Paulino Nunes Esposo. Também estiveram presentes Conselheiros de Quadras do loteamento Vargem Grande, representantes de Núcleos ócio Educativos e funcionários da Subprefeitura.
O Museu Geológico de São Paulo – MUGEO vinculado a Secretaria Estadual do Meio Ambiente foi parceiro ativo montando a exposição “GEOARTE O CAMINHO DAS PEDRAS” com várias atividades dentre elas a que fez mais sucesso: o “túnel das sensações”, que aproveitou o fluxo de jovens e adultos que utilizam a Sala de Leitura e o Telecentro instalado na Subprefeitura. Esta exposição apontava aguçar a curiosidade sobre o patrimônio científico da Cratera e futuras pesquisas.
A II CONFERÊNCIA CIENTÍFICA DA CRATERA DE COLÔNIA
O work Shop abriu com uma amplo Balanço dos Resultados e Avanços desde a I Conferência. No restante, as exposições abordaram básicamente três eixos: 1) Apresentação do significado e importância do Projeto Monumentos Geológicos do Estado de São Paulo e sua relação com as iniciativas da Cratera de Colônia, apresentado por Rogério Rodrigues, abordando. 2) Foi apresentado um trabalho sobre o Perfil Litológico-Estratigráfico de algumas áreas da Cratera em base ao material das perfurações de 3 (três) poços feitos pela SABESB para o fornecimento de água ao bairro Vargem Grande e outras considerações apresentado pelo Geólogo Antonio Bastos Torres Lima e por último uma apresentação sobre o processo de consolidação do Parque Natural Municipal da Cratera de Colônia, por Maria Lucia Bellenzani da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, parque este institucionalizado em 2007 com 53 ha. e fruto de um TCA (termo de compensação ambiental) de FURNAS para compensar a passagem do linha Ibero-Tijuco Alto.
CONHECENDO O CÉU DE PARELHEIROS e CINE-FÓRUM CÉUS E TERRAS
Em três sessões foram abordadas as questões referentes a Astronomia e Meteoritos. A primeira foi animada pelo professor Walmir do Planetário do Ibirapuera, utilizando um software de observação do espaço. Este intercâmbio com a equipe do Planetário do Ibirapuera deixou várias sugestões de importância para potenciar o Planetário de Parelheiros em vários aspectos didáticos e de promoção da economia local.
As duas sessões de cine-forum ao teve a participação significativa, mas propiciou entre os participantes, a oportunidade de intercambio e firmou o conceito de que o tema deve ser levado a exposições e debates diretamente nas Escolas.
CRATERA DE COLÔNIA: HERANÇA GEOLOGICA E PATRIMNIO AMBIENTAL
1-LOCALIZAÇÃO
A Cratera de Colônia esta localizada a cerca de 40 Km da Praça da Sé, na Bacia da Represa Billings, na área da APA Capivari Monos na Subprefeitura de Parelheiros -São Paulo.
2-VALOR CIENTÍFICO: BIOLOGICO
• Comunidade de vegetais endêmicos e/ou exóticos;
• Fauna e flora em perigo de extinção;
• Papel na conservação da biodiversidade;
VALOR GEOLÓGICO
• Análise e dinâmica dos processos erosivos;
• Caracterização paleoformas e paisagens atuais;
• Interpretações paleoambientais com base nos registros sedimentares;
3-IMPORTANCA EDUCACIONAL
• Diversidade abiótica e biótica são propícias a educadores do ensino formal;
• Atividades antrópicas e de degradação ambiental;
• Geologia e planejamento urbano;
• Presença de espaços naturais protegidos;
• Valorização do patrimônio natural;
• Eco sistemas e biodiversidade;
• Métodos empregados nos estudos biológicos e geológicos;
4-RELAVANCIA EM ATIVIDADES LÚDICAS. A Cratera com 3.6 Km de diâmetro
é um local onde o munícipe poderá:
• Apreciar o registro do Impacto devastador de um Meteorito;
• Realizar atividades físicas ao ar livre;
• Comparar a beleza paisagística de vegetais endêmicos e mata atlântica;
• Fauna e flora nas trilhas monitoradas;
5-CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
• A Cratera de Colônia é relevante recurso natural com valor geológico, geomorfológico e paisagístico de destaque e sua conservação é imprescindível para a continuidade dos estudos que relacionam os processos naturais e antrópicos que modificam de forma dinâmica o ambiente.
• A conservação e medida necessária para resguardar o patrimônio natural com elevada potencialidade científicas, educacionais e turísticas.
• Para salvaguardar este cenário é necessário colocar em pauta o equilíbrio entre o crescimento econômico e equidade social, sem menosprezar a diversidade dos elementos naturais presentes na Cratera
NOTA:
Esta ficha é o resumo da abordagem da pesquisa financiada FAPESP com os professores da Escola de Artes, Ciências e Humanidades -USP e Instituto de Geociências: V. Velásquez, IB Barros, C.Riccomini, Sant´Ana e Hachiro.
domingo, 9 de novembro de 2008
quinta-feira, 31 de julho de 2008
I SEMANA CONHECENDO CEUS E TERRA
I SEMANA CONHECENDO CEUS E TERRA
DIAS 8 A 13 DE SETEMBR DE 2008
OBJETIVOS
A Subprefeitura de Parelheiros tem promovido o resgate da Cratera de Colônia como patrimônio histórico, cientifico e econômico da região. A I Conferência Cientifica da Cratera em 2006 estabeleceu algumas linhas neste campo. Agora se realiza a II Conferência dentro de um conjunto de atividades ao redor da idéia de “Sistema da Cratera de Colônia” incorporando a noção de economia local a articulação com a comunidade, as escolas e a sensibilização do conjunto da cidade.
A Semana CONHECENDO CÉUS E TERRAS aponta motivar o conhecimento dos recursos da economia através da cultura, assim como, objetiva despertar vocações na juventude local. Esta linha de articulações de esforços esta sintonizado com o fato de o CEU(Centro de Educação Unificada) em implantação em Parelheiros incorpora nas suas atividades um PLANETARIO.
Ao concluir esta primeira Semana de atividades a expectativa é deixar as bases de uma Comissão Permanente que promova e aprimore anualmente A SEMANA CONHECENDO CÉUS E TERRAS.
1-ABERTURA DA SEMANA CONHECENDO CÉUS E TERRA
a- Abertura oficial da semana b- Exposição: Museu de Geologia [1]
[1] A proposta do Museu é instalar um túnel lúdico de sensibilidade sobre
2- II CONFERÊNCIA CIENTÍFICA DA CRATERA DE COLÔNIA[1]Worshop de Especialistas com assistência do publico: inscrições
[1] A II Conferencia visa apresentar o estado da arte das pesquisas científicas e do campo acadêmico que tenham por objeto a Cratera de Colônia e eventualmente outras experiências em Crateras. O publico pode assistir no final de cada painel pode fazer perguntas por escrito.
3- DESPERTANDO VOCAÇÕES: FEIRA DE PROFISSÕES RELACIONADAS A CRATERA DE COLÔNIA [1]
Programa de Palestras em Escolas sobre profissões ligadas aos sistema Cratera de Colônia e seu potencial na região de Parelheiros
4- CINE-FÓRUM CÉUS E TERRA [1]
Projeção de filmes alusivos a temática com debates
5- PROGRAMA: CONHECENDO O CEU DE PARELHEIROS[1]
4-1-Os Planetários m São Paulo o de Parelheiros
4-2-Conhecendo o CEU através da Internet
6- MAQUETE DA CRATERA DE COLÔNIA
[1]Junto a exposição se pretende ter pronta uma maquete da Cratera como instrumento pedagógico
7- ESTRATÉGIAS DO SISTEMA DE ECONOMIA DA CRATERA (Cluster Cratera de Colônia) -Painel com expositores e perguntas do público
DIAS 8 A 13 DE SETEMBR DE 2008
OBJETIVOS
A Subprefeitura de Parelheiros tem promovido o resgate da Cratera de Colônia como patrimônio histórico, cientifico e econômico da região. A I Conferência Cientifica da Cratera em 2006 estabeleceu algumas linhas neste campo. Agora se realiza a II Conferência dentro de um conjunto de atividades ao redor da idéia de “Sistema da Cratera de Colônia” incorporando a noção de economia local a articulação com a comunidade, as escolas e a sensibilização do conjunto da cidade.
A Semana CONHECENDO CÉUS E TERRAS aponta motivar o conhecimento dos recursos da economia através da cultura, assim como, objetiva despertar vocações na juventude local. Esta linha de articulações de esforços esta sintonizado com o fato de o CEU(Centro de Educação Unificada) em implantação em Parelheiros incorpora nas suas atividades um PLANETARIO.
Ao concluir esta primeira Semana de atividades a expectativa é deixar as bases de uma Comissão Permanente que promova e aprimore anualmente A SEMANA CONHECENDO CÉUS E TERRAS.
1-ABERTURA DA SEMANA CONHECENDO CÉUS E TERRA
a- Abertura oficial da semana b- Exposição: Museu de Geologia [1]
[1] A proposta do Museu é instalar um túnel lúdico de sensibilidade sobre
2- II CONFERÊNCIA CIENTÍFICA DA CRATERA DE COLÔNIA[1]Worshop de Especialistas com assistência do publico: inscrições
[1] A II Conferencia visa apresentar o estado da arte das pesquisas científicas e do campo acadêmico que tenham por objeto a Cratera de Colônia e eventualmente outras experiências em Crateras. O publico pode assistir no final de cada painel pode fazer perguntas por escrito.
3- DESPERTANDO VOCAÇÕES: FEIRA DE PROFISSÕES RELACIONADAS A CRATERA DE COLÔNIA [1]
Programa de Palestras em Escolas sobre profissões ligadas aos sistema Cratera de Colônia e seu potencial na região de Parelheiros
4- CINE-FÓRUM CÉUS E TERRA [1]
Projeção de filmes alusivos a temática com debates
5- PROGRAMA: CONHECENDO O CEU DE PARELHEIROS[1]
4-1-Os Planetários m São Paulo o de Parelheiros
4-2-Conhecendo o CEU através da Internet
6- MAQUETE DA CRATERA DE COLÔNIA
[1]Junto a exposição se pretende ter pronta uma maquete da Cratera como instrumento pedagógico
7- ESTRATÉGIAS DO SISTEMA DE ECONOMIA DA CRATERA (Cluster Cratera de Colônia) -Painel com expositores e perguntas do público
sábado, 5 de julho de 2008
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Exibir mapa ampliado'>http://maps.google.com/?q=Estr.+da+Vargem+Grande,+Parelheiros,+S%C3%A3o+Paulo,+04892-015,+Brazil&sll=-23.531763,-46.629128&sspn=0.006295,0.006295&ie=UTF8&ll=-23.860408,-46.702881&spn=0.033441,0.067291&z=13&source=embed" style="color:#0000FF;text-align:left">Exibir mapa ampliado
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terça-feira, 1 de julho de 2008
PESQUISA COM MATERIAIS DA CRATERA DE COLÔNIA
CRATERA DE COLÔNIA OS GRÃOS DO TEMPO
Pólens de uma cratera na cidade de São Paulo testemunham as mudanças climáticas e ambientais dos últimos 100 mil anos
Carlos Fioravanti
Além de Parelheiros, um dos bairros mais ao sul da capital paulista, as casas, lojas e depósitos de ferro-velho progressivamente dão lugar a sítios com hortas, pastos, palmeiras, pinheiros e um pouco de Mata Atlântica. É difícil perceber que esse terreno quase plano seja a cratera de Colônia, formada possivelmente pelo impacto de um cometa ou de um meteorito há pelo menos 3 milhões de anos. Seus limites só se tornam evidentes à medida que se abre o olhar para o horizonte e se nota um anel de morros cercando uma área circular de 10 quilômetros quadrados. O centro da cratera é ocupado por um charco coberto por vegetação rasteira no qual nem os bois entram. Os bois evitam, mas os pesquisadores adoram entrar nesse brejo. Também chamado de turfeira, é formado por uma camada que pode atingir 450 metros de espessura, com sedimentos lamacentos e negros que se depositaram lentamente entre as bordas da cratera desde o suposto impacto do corpo celeste. A turfa – matéria orgânica em decomposição cuja cor, ali, varia do preto acinzentado ao preto esverdeado – mistura-se com pedaços de caules, restos de folhas e espinhos, alguns frutos e grãos de pólen.
“Esses sedimentos podem conter registros das mudanças climáticas dos últimos 4 milhões de anos na Região Sudeste”, diz o geólogo Cláudio Riccomini, do Instituto de Geociências (IG) da Universidade de São Paulo (USP). Ele visitou a cratera pela primeira vez em 1980 e ainda hoje não hesitaria em, de novo, enfiar-se até a cintura nesse brejo e colher amostras de um tesouro que fascina apenas os cientistas. “Geologicamente”, diz ele, “essa cratera é única, por ainda estar fechada e isolada por suas bordas”.
Situada nos limites da zona urbana, a 50 quilômetros do centro da cidade, a cratera de Colônia é a única da Região Sudeste e uma das seis no Brasil cuja origem ainda precisa ser atestada por estudos mais detalhados. A essas se somam outras cinco que, comprovadamente, resultam do impacto de corpos celestes – na América Latina há 11 e no mundo todo 170 depressões já conhecidas formadas pelo impacto de objetos vindos do espaço. Com um diâmetro de 3,6 quilômetros e bordas com 100 a 125 metros de altura, a cratera de Colônia volta a ganhar importância em razão de um estudo feito com os 130 tipos de grãos de pólen encontrados em uma coluna de sedimentos de 7,8 metros retirados do meio do charco.
OS TENTÁCULOS DA FLORESTA
Nesse trabalho, publicado na revista Quaternary Research, pesquisadores do Brasil e da França, a partir da seqüência, da diversidade e da abundância de pólens, concluíram como a vegetação mudou, de acordo com as alterações climáticas. Ao longo dos últimos 100 mil anos, limite que corresponde à idade aproximada dos sedimentos da base da coluna, a floresta avançou e recuou algumas vezes de modo radical, ganhando ou perdendo espaço como se fosse um polvo abrindo ou encolhendo os tentáculos. Segundo a coordenadora desse trabalho, a paleobotânica francesa Marie-Pierre Ledru, pesquisadora do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD, na sigla em francês) e professora visitante do Instituto de Geociências da USP entre 1998 e 2003, nesses 100 mil anos a floresta atlântica expandiu-se oito vezes e retraiu-se duas, em resposta ao clima, ora mais quente e úmido, ora mais frio e seco.
Quando a umidade e a temperatura se mostravam mais favoráveis à reprodução das plantas, em um dos períodos interglaciais recentes, entre 130 mil e 85 mil anos atrás, a floresta apresentou três ciclos de crescimento. As árvores nutriam-se à vontade de luz e de água, formando matas fechadas semelhantes às encontradas no litoral paulista. Mas se seguiu um longo período de clima hostil – o período glacial, que durou 73 mil anos, de 85 mil a 12 mil anos atrás.
A temperatura média caiu pelo menos cinco graus – o bastante para desregular os ciclos reprodutivos das plantas, que muitas vezes morriam sem deixarem descendentes. Pouco a pouco, no lugar da floresta alta e densa brotou uma vegetação campestre, aberta e baixa, com árvores apenas nas margens dos rios. Segundo Marie-Pierre, provavelmente nessa época havia ventos fortes, capazes de derrubar as árvores mais altas ou mais frágeis. A floresta recompunha-se nos momentos de clima mais ameno. De acordo com a análise dos pólens ao longo da coluna de sedimentos, a mata expandiu-se entre 55 mil e 43 mil anos atrás e retraiu-se severamente entre 43 mil e 28 mil anos. Mas voltou a ganhar espaço entre 28 mil e 23 mil para depois encolher, a ponto de outra vez quase desaparecer, entre 23 mil e 12 mil anos. No período interglacial mais recente, que começou há 12 mil anos e segue até hoje, as árvores se viram novamente sob condições climáticas mais amigáveis.
A floresta atlântica se espalhou também em três momentos nesses últimos 12 mil anos, recompondo a mata fechada, densa e rica em espécies. As mudanças no clima e na vegetação registradas na cratera de Colônia coincidem com as verificadas em duas cavernas, uma em São Paulo e outra em Santa Catarina, em que já se fez esse tipo de estudo. Conferem também com os testemunhos de gelo da Groenlândia e da Antártida.
JARDIM DE CONÍFERAS
Cada vez que a floresta encolhia, surgiam novas espécies de árvores, enquanto outras desapareciam. Em um dos momentos de retração da mata, há cerca de 80 mil anos, propagaram-se as árvores do gênero Weinmannia. Um dos representantes atuais desse gênero, a Weinmannia paulliniifolia, uma árvore de até 16 metros também chamada de gramimunha ou gramoinha, com uma casca rica em tanino bastante utilizada para curtir couros, é normalmente encontrada no alto de morros. Ao mesmo tempo, em decorrência das mudanças climáticas, quase acabaram as representantes da família Myrsine, formada por quase mil espécies, geralmente arbustos, hoje encontradas nas regiões tropicais do planeta. Nos tempos mais frios restavam poucos exemplares, contidos em refúgios, provavelmente perto dos rios. “Esses refúgios se expandiram há 15 mil anos por causa das condições climáticas favoráveis”, conta Marie-Pierre.
Segundo Marie-Pierre, nos últimos 12 mil anos, nos arredores da futura metrópole paulista, também cresciam em abundância coníferas como a Araucaria e a Podocarpus. Seus descendentes, como o pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) e o pinheiro-bravo (Podocarpus lambertii), formavam populações mais densas nos estados do Sul e em áreas montanhosas da serra da Mantiqueira – atualmente apenas pontuam a capital paulista. “Esse fenômeno de retração das coníferas é muito interessante”, diz Marie-Pierre, “porque não se deve à ação do homem, que chegou muito depois. Pode ser o resultado da história evolutiva das antigas coníferas, que não encontraram mais condições climáticas favoráveis às expansões”. A cratera atrai os pesquisadores também por causa das incertezas sobre sua origem. Após se eliminar outras possibilidades, como erosão ou vulcanismo, em razão das características geológicas do terreno, aceitou-se a idéia de que essa depressão possa ser o resultado do impacto de um corpo celeste. No entanto, “cientificamente só o descarte de outras possibilidades não é suficiente”, comenta o geólogo Álvaro Crósta, professor do Instituto de Geologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que estuda crateras há três décadas
“Esse é um ponto frágil do trabalho científico”, observa o astrônomo Oscar Matsuura, professor aposentado do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP. Anos atrás, o geólogo norte-amerciano Eugene Shoemaker, um dos maiores especialistas em asteróides e cometas, examinou os dados sobre Colônia e comentou aos colegas brasileiros: “Não tenho dúvidas de que se trata de um impacto de um corpo celeste. Mas vocês terão de provar”. Shoemaker morreu num acidente de carro em 1997, de férias na Austrália. Essa hipótese só seria demonstrada se os pesquisadores encontrassem sinais do impacto que pudessem ser aceitos como conclusivos, já que o objeto que veio do espaço se desfez logo após chocar-se com a superfície. Seria preciso colher amostras das rochas que sustentam a camada de sedimentos e ter a sorte de encontrar deformações em minerais como o quartzo ou resquícios de metais do grupo da platina, como o irídio, que só se forma fora da Terra. Foi o irídio detectado em 1980 em rochas com 65 milhões de anos em pontos distantes como a Itália e a China que sugeriu aos geólogos a possível ocorrência de um gigantesco impacto nessa mesma época em algum lugar do planeta. Só em 1991 é que encontraram a cratera de Chicxulub, submersa no golfo do México, com 180 quilômetros de diâmetro. O impacto de um asteróide com cerca de 10 quilômetros de diâmetro deve ter gerado uma densa nuvem de poeira que se espalhou pelo planeta, bloqueou a passagem da luz solar, fez a temperatura cair abruptamente cerca de dez graus e contribuiu para a extinção em massa de muitas formas de vida de então, inclusive os dinossauros.
PUNHAL DE GELO
Riccomini acredita que o impacto sobre Colônia também tenha formado uma nuvem de poeira e gerado uma onda de choque e de calor, ainda que bem menor, mas larga e densa o suficiente para causar a morte dos animais que viviam a um raio de 50 quilômetros. Foi ele que estimou que a colisão possa ter ocorrido em um momento qualquer entre 5 milhões e 3 milhões de anos atrás – e, a seu ver, pode não ter sido causada por um objeto rochoso como um meteorito ou um asteróide, mas por um cometa, que, por ser formado de gelo, não deixaria vestígios. “Seria como um punhal de gelo, que se desfaz depois de um crime”, compara.
Os pesquisadores estão um pouco aflitos, sobretudo porque a região está sendo progressivamente tomada por moradias. Por ali moram cerca de 30 mil pessoas. Teme-se que a ocupação desordenada desfigure as bordas, altere a composição dos sedimentos da turfeira ou dificulte futuras escavações. Os primeiros habitantes chegaram à região no final do século 18, quando o imperador dom Pedro I autorizou a instalação de chácaras por colonos alemães – o nome da cratera vem daí. As chácaras persistiram até duas décadas atrás, quando seus donos começaram a vender as terras, requisitadas para um presídio, inaugurado em 1987, e depois para moradias. Desde 2001 a cratera integra a Área de Proteção Ambiental (APA) Capivari-Monos, mas as casas continuam avançando sobre os morros e a vegetação original da cratera.
NATUREZA E CULTURA
“Essa região tem uma clara vocação, que poderia ser aproveitada por meio de um parque temático que atendesse a toda a cidade”, diz Matsuura. O parque que ele esboçou explora não só o patrimônio natural – as diversas formas de vegetação – e o antropológico: ali perto há duas aldeias de índios tupi-guaranis. Há exemplos notáveis de como conservar e explorar esses lugares. Nos Estados Unidos, a família Barringer construiu um museu de geologia e astronomia perto de uma cratera de 50 mil anos no deserto do Arizona. Na Alemanha, uma cidade medieval, Ries, cresceu no interior de uma cratera de 25 quilômetros de diâmetro e se mantém com a renda gerada pelo turismo
No Brasil há apenas sinais do desejo de explorar as crateras, como a torre de 30 metros erguida há poucos anos para os visitantes apreciarem o Domo de Vargeão, uma cratera de 12 quilômetros de diâmetro no oeste de Santa Catarina. Em 2005, Crósta esteve mais uma vez no Domo de Araguainha, cratera de 40 quilômetros em Mato Grosso. Participou da inauguração de um marco instalado no centro da cratera, fez palestras em escolas e conversou com os prefeitos e vereadores de Araguainha e Ponte Branca, situadas no interior da cratera. Há quase 20 anos Crósta andou bastante por lá e se lembra de como era difícil explicar aos moradores o que fazia e o que era aquela estrutura circular cortada pelo rio Araguaia. Mas não hesitava em mostrar seus mapas e imagens de satélite. Pouco depois ele conseguiu provar que Araguainha não era uma estrutura vulcânica, como se pensava, mas uma cratera de impacto – a mais antiga e a maior da América do Sul, com 245 milhões de anos.
Revista Pesquisa FAPES - FAPESP - R. Pio XI, 1500 - Alto da Lapa - CEP 05468-901 - São Paulo/SP - BrasilTel.: (+55) 11 3838 4000 Fax. (+55) 11 3645 2421 - Converse com a FAPESP
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Pólens de uma cratera na cidade de São Paulo testemunham as mudanças climáticas e ambientais dos últimos 100 mil anos
Carlos Fioravanti
Além de Parelheiros, um dos bairros mais ao sul da capital paulista, as casas, lojas e depósitos de ferro-velho progressivamente dão lugar a sítios com hortas, pastos, palmeiras, pinheiros e um pouco de Mata Atlântica. É difícil perceber que esse terreno quase plano seja a cratera de Colônia, formada possivelmente pelo impacto de um cometa ou de um meteorito há pelo menos 3 milhões de anos. Seus limites só se tornam evidentes à medida que se abre o olhar para o horizonte e se nota um anel de morros cercando uma área circular de 10 quilômetros quadrados. O centro da cratera é ocupado por um charco coberto por vegetação rasteira no qual nem os bois entram. Os bois evitam, mas os pesquisadores adoram entrar nesse brejo. Também chamado de turfeira, é formado por uma camada que pode atingir 450 metros de espessura, com sedimentos lamacentos e negros que se depositaram lentamente entre as bordas da cratera desde o suposto impacto do corpo celeste. A turfa – matéria orgânica em decomposição cuja cor, ali, varia do preto acinzentado ao preto esverdeado – mistura-se com pedaços de caules, restos de folhas e espinhos, alguns frutos e grãos de pólen.
“Esses sedimentos podem conter registros das mudanças climáticas dos últimos 4 milhões de anos na Região Sudeste”, diz o geólogo Cláudio Riccomini, do Instituto de Geociências (IG) da Universidade de São Paulo (USP). Ele visitou a cratera pela primeira vez em 1980 e ainda hoje não hesitaria em, de novo, enfiar-se até a cintura nesse brejo e colher amostras de um tesouro que fascina apenas os cientistas. “Geologicamente”, diz ele, “essa cratera é única, por ainda estar fechada e isolada por suas bordas”.
Situada nos limites da zona urbana, a 50 quilômetros do centro da cidade, a cratera de Colônia é a única da Região Sudeste e uma das seis no Brasil cuja origem ainda precisa ser atestada por estudos mais detalhados. A essas se somam outras cinco que, comprovadamente, resultam do impacto de corpos celestes – na América Latina há 11 e no mundo todo 170 depressões já conhecidas formadas pelo impacto de objetos vindos do espaço. Com um diâmetro de 3,6 quilômetros e bordas com 100 a 125 metros de altura, a cratera de Colônia volta a ganhar importância em razão de um estudo feito com os 130 tipos de grãos de pólen encontrados em uma coluna de sedimentos de 7,8 metros retirados do meio do charco.
OS TENTÁCULOS DA FLORESTA
Nesse trabalho, publicado na revista Quaternary Research, pesquisadores do Brasil e da França, a partir da seqüência, da diversidade e da abundância de pólens, concluíram como a vegetação mudou, de acordo com as alterações climáticas. Ao longo dos últimos 100 mil anos, limite que corresponde à idade aproximada dos sedimentos da base da coluna, a floresta avançou e recuou algumas vezes de modo radical, ganhando ou perdendo espaço como se fosse um polvo abrindo ou encolhendo os tentáculos. Segundo a coordenadora desse trabalho, a paleobotânica francesa Marie-Pierre Ledru, pesquisadora do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD, na sigla em francês) e professora visitante do Instituto de Geociências da USP entre 1998 e 2003, nesses 100 mil anos a floresta atlântica expandiu-se oito vezes e retraiu-se duas, em resposta ao clima, ora mais quente e úmido, ora mais frio e seco.
Quando a umidade e a temperatura se mostravam mais favoráveis à reprodução das plantas, em um dos períodos interglaciais recentes, entre 130 mil e 85 mil anos atrás, a floresta apresentou três ciclos de crescimento. As árvores nutriam-se à vontade de luz e de água, formando matas fechadas semelhantes às encontradas no litoral paulista. Mas se seguiu um longo período de clima hostil – o período glacial, que durou 73 mil anos, de 85 mil a 12 mil anos atrás.
A temperatura média caiu pelo menos cinco graus – o bastante para desregular os ciclos reprodutivos das plantas, que muitas vezes morriam sem deixarem descendentes. Pouco a pouco, no lugar da floresta alta e densa brotou uma vegetação campestre, aberta e baixa, com árvores apenas nas margens dos rios. Segundo Marie-Pierre, provavelmente nessa época havia ventos fortes, capazes de derrubar as árvores mais altas ou mais frágeis. A floresta recompunha-se nos momentos de clima mais ameno. De acordo com a análise dos pólens ao longo da coluna de sedimentos, a mata expandiu-se entre 55 mil e 43 mil anos atrás e retraiu-se severamente entre 43 mil e 28 mil anos. Mas voltou a ganhar espaço entre 28 mil e 23 mil para depois encolher, a ponto de outra vez quase desaparecer, entre 23 mil e 12 mil anos. No período interglacial mais recente, que começou há 12 mil anos e segue até hoje, as árvores se viram novamente sob condições climáticas mais amigáveis.
A floresta atlântica se espalhou também em três momentos nesses últimos 12 mil anos, recompondo a mata fechada, densa e rica em espécies. As mudanças no clima e na vegetação registradas na cratera de Colônia coincidem com as verificadas em duas cavernas, uma em São Paulo e outra em Santa Catarina, em que já se fez esse tipo de estudo. Conferem também com os testemunhos de gelo da Groenlândia e da Antártida.
JARDIM DE CONÍFERAS
Cada vez que a floresta encolhia, surgiam novas espécies de árvores, enquanto outras desapareciam. Em um dos momentos de retração da mata, há cerca de 80 mil anos, propagaram-se as árvores do gênero Weinmannia. Um dos representantes atuais desse gênero, a Weinmannia paulliniifolia, uma árvore de até 16 metros também chamada de gramimunha ou gramoinha, com uma casca rica em tanino bastante utilizada para curtir couros, é normalmente encontrada no alto de morros. Ao mesmo tempo, em decorrência das mudanças climáticas, quase acabaram as representantes da família Myrsine, formada por quase mil espécies, geralmente arbustos, hoje encontradas nas regiões tropicais do planeta. Nos tempos mais frios restavam poucos exemplares, contidos em refúgios, provavelmente perto dos rios. “Esses refúgios se expandiram há 15 mil anos por causa das condições climáticas favoráveis”, conta Marie-Pierre.
Segundo Marie-Pierre, nos últimos 12 mil anos, nos arredores da futura metrópole paulista, também cresciam em abundância coníferas como a Araucaria e a Podocarpus. Seus descendentes, como o pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) e o pinheiro-bravo (Podocarpus lambertii), formavam populações mais densas nos estados do Sul e em áreas montanhosas da serra da Mantiqueira – atualmente apenas pontuam a capital paulista. “Esse fenômeno de retração das coníferas é muito interessante”, diz Marie-Pierre, “porque não se deve à ação do homem, que chegou muito depois. Pode ser o resultado da história evolutiva das antigas coníferas, que não encontraram mais condições climáticas favoráveis às expansões”. A cratera atrai os pesquisadores também por causa das incertezas sobre sua origem. Após se eliminar outras possibilidades, como erosão ou vulcanismo, em razão das características geológicas do terreno, aceitou-se a idéia de que essa depressão possa ser o resultado do impacto de um corpo celeste. No entanto, “cientificamente só o descarte de outras possibilidades não é suficiente”, comenta o geólogo Álvaro Crósta, professor do Instituto de Geologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que estuda crateras há três décadas
“Esse é um ponto frágil do trabalho científico”, observa o astrônomo Oscar Matsuura, professor aposentado do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP. Anos atrás, o geólogo norte-amerciano Eugene Shoemaker, um dos maiores especialistas em asteróides e cometas, examinou os dados sobre Colônia e comentou aos colegas brasileiros: “Não tenho dúvidas de que se trata de um impacto de um corpo celeste. Mas vocês terão de provar”. Shoemaker morreu num acidente de carro em 1997, de férias na Austrália. Essa hipótese só seria demonstrada se os pesquisadores encontrassem sinais do impacto que pudessem ser aceitos como conclusivos, já que o objeto que veio do espaço se desfez logo após chocar-se com a superfície. Seria preciso colher amostras das rochas que sustentam a camada de sedimentos e ter a sorte de encontrar deformações em minerais como o quartzo ou resquícios de metais do grupo da platina, como o irídio, que só se forma fora da Terra. Foi o irídio detectado em 1980 em rochas com 65 milhões de anos em pontos distantes como a Itália e a China que sugeriu aos geólogos a possível ocorrência de um gigantesco impacto nessa mesma época em algum lugar do planeta. Só em 1991 é que encontraram a cratera de Chicxulub, submersa no golfo do México, com 180 quilômetros de diâmetro. O impacto de um asteróide com cerca de 10 quilômetros de diâmetro deve ter gerado uma densa nuvem de poeira que se espalhou pelo planeta, bloqueou a passagem da luz solar, fez a temperatura cair abruptamente cerca de dez graus e contribuiu para a extinção em massa de muitas formas de vida de então, inclusive os dinossauros.
PUNHAL DE GELO
Riccomini acredita que o impacto sobre Colônia também tenha formado uma nuvem de poeira e gerado uma onda de choque e de calor, ainda que bem menor, mas larga e densa o suficiente para causar a morte dos animais que viviam a um raio de 50 quilômetros. Foi ele que estimou que a colisão possa ter ocorrido em um momento qualquer entre 5 milhões e 3 milhões de anos atrás – e, a seu ver, pode não ter sido causada por um objeto rochoso como um meteorito ou um asteróide, mas por um cometa, que, por ser formado de gelo, não deixaria vestígios. “Seria como um punhal de gelo, que se desfaz depois de um crime”, compara.
Os pesquisadores estão um pouco aflitos, sobretudo porque a região está sendo progressivamente tomada por moradias. Por ali moram cerca de 30 mil pessoas. Teme-se que a ocupação desordenada desfigure as bordas, altere a composição dos sedimentos da turfeira ou dificulte futuras escavações. Os primeiros habitantes chegaram à região no final do século 18, quando o imperador dom Pedro I autorizou a instalação de chácaras por colonos alemães – o nome da cratera vem daí. As chácaras persistiram até duas décadas atrás, quando seus donos começaram a vender as terras, requisitadas para um presídio, inaugurado em 1987, e depois para moradias. Desde 2001 a cratera integra a Área de Proteção Ambiental (APA) Capivari-Monos, mas as casas continuam avançando sobre os morros e a vegetação original da cratera.
NATUREZA E CULTURA
“Essa região tem uma clara vocação, que poderia ser aproveitada por meio de um parque temático que atendesse a toda a cidade”, diz Matsuura. O parque que ele esboçou explora não só o patrimônio natural – as diversas formas de vegetação – e o antropológico: ali perto há duas aldeias de índios tupi-guaranis. Há exemplos notáveis de como conservar e explorar esses lugares. Nos Estados Unidos, a família Barringer construiu um museu de geologia e astronomia perto de uma cratera de 50 mil anos no deserto do Arizona. Na Alemanha, uma cidade medieval, Ries, cresceu no interior de uma cratera de 25 quilômetros de diâmetro e se mantém com a renda gerada pelo turismo
No Brasil há apenas sinais do desejo de explorar as crateras, como a torre de 30 metros erguida há poucos anos para os visitantes apreciarem o Domo de Vargeão, uma cratera de 12 quilômetros de diâmetro no oeste de Santa Catarina. Em 2005, Crósta esteve mais uma vez no Domo de Araguainha, cratera de 40 quilômetros em Mato Grosso. Participou da inauguração de um marco instalado no centro da cratera, fez palestras em escolas e conversou com os prefeitos e vereadores de Araguainha e Ponte Branca, situadas no interior da cratera. Há quase 20 anos Crósta andou bastante por lá e se lembra de como era difícil explicar aos moradores o que fazia e o que era aquela estrutura circular cortada pelo rio Araguaia. Mas não hesitava em mostrar seus mapas e imagens de satélite. Pouco depois ele conseguiu provar que Araguainha não era uma estrutura vulcânica, como se pensava, mas uma cratera de impacto – a mais antiga e a maior da América do Sul, com 245 milhões de anos.
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10 K DA CRATERA UMA MARCA QUE SE CONSOLIDA
I e II CORRIDA DA CRATERA DE COLÔNIA
-10 K DA CRATERA-
Na VIRADA ESPORTIVA 2007, dia 22 as 14 horas, em Parelheiros, mais de 100 atletas disputam a I 10 K DA CRATERA que estabeleceu um roteiro passando através da Cratera de Colônia.
-10 K DA CRATERA-
Na VIRADA ESPORTIVA 2007, dia 22 as 14 horas, em Parelheiros, mais de 100 atletas disputam a I 10 K DA CRATERA que estabeleceu um roteiro passando através da Cratera de Colônia.
A Cratera, situada cerca de 40 Km da Praça da Sé, em Parelheiros é resultado da queda de um corpo celeste a mais de 30 milhões de anos. É tombada pelo patrimônio cientifico e histórico do Município e do Estado. O que poderíamos denominar o “sistema da Cratera” tem cerca de 10 KM2 no interior abriga produtores agrícolas, um presídio e o loteamento irregular de Vargem Grande. Tanto o presidio como o loteamento possuem cronograma de regularização.
O evento esportivo aponta se consolidar no calendário da cidade. É parte de um conjunto de ações iniciadas com a I Conferência Cientifica da Cratera e iniciativas para regularizar a ocupação deste monumento. Estas ações, com ativa participação da comunidade, buscam consolidar o “sistema da cratera de colônia” como um patrimônio cientifico, histórico, cultural e base da economia. Neste contexto temo:
1-Consolidação do Parque Natural da Cratera de mais de 500 mil metros quadrados.
2-A desativação do Presídio da Cratera esta na agenda do governo Estadual como prioridade e em parceria com o Município transformá-lo em centro cientifico educativo e da economia local.
3-Para estimular vocações científicas e valorizar a região a Prefeitura constrói um Centro de Educação Integrada (CEU) com um Planetário.
4-Uma das casas histórica mais antiga da borda da Cratera esta em fase de recuperação para transformá-la em Centro de Referencia e Informações da Cratera.
Para facilitar a locomoção dos moradores ao CEU esta em fase de consolidação uma Ciclovia e já construído um Bicicletário.
Os jovens e empreendedores da antiga Colônia alemã se organizaram e conjuntamente com a comunidade, em 2008 realizam a III COLONIA FEST, colocando-a no Calendários de Eventos da Cidade. Recordando que junto a Colonia esta o mais antigo Cemitério Protestante do país em fase de tombamento pelo patrimônio histórico municipal.
Para fortalecer esta estratégia de resgate regional em outubro de 2007 o Subprefeito de Parelheiros estabeleceu intercambio com o Prefeito Herman Faul de Nordlingen Cratera de Ries na Alemanha, para abrir caminhos de intercambio entre estas Crateras Irmãs.
O evento esportivo aponta se consolidar no calendário da cidade. É parte de um conjunto de ações iniciadas com a I Conferência Cientifica da Cratera e iniciativas para regularizar a ocupação deste monumento. Estas ações, com ativa participação da comunidade, buscam consolidar o “sistema da cratera de colônia” como um patrimônio cientifico, histórico, cultural e base da economia. Neste contexto temo:
1-Consolidação do Parque Natural da Cratera de mais de 500 mil metros quadrados.
2-A desativação do Presídio da Cratera esta na agenda do governo Estadual como prioridade e em parceria com o Município transformá-lo em centro cientifico educativo e da economia local.
3-Para estimular vocações científicas e valorizar a região a Prefeitura constrói um Centro de Educação Integrada (CEU) com um Planetário.
4-Uma das casas histórica mais antiga da borda da Cratera esta em fase de recuperação para transformá-la em Centro de Referencia e Informações da Cratera.
Para facilitar a locomoção dos moradores ao CEU esta em fase de consolidação uma Ciclovia e já construído um Bicicletário.
Os jovens e empreendedores da antiga Colônia alemã se organizaram e conjuntamente com a comunidade, em 2008 realizam a III COLONIA FEST, colocando-a no Calendários de Eventos da Cidade. Recordando que junto a Colonia esta o mais antigo Cemitério Protestante do país em fase de tombamento pelo patrimônio histórico municipal.
Para fortalecer esta estratégia de resgate regional em outubro de 2007 o Subprefeito de Parelheiros estabeleceu intercambio com o Prefeito Herman Faul de Nordlingen Cratera de Ries na Alemanha, para abrir caminhos de intercambio entre estas Crateras Irmãs.
Em 2008 a II 10 K DA CRATERA se realiza dia 29 de junho como parte da III Colônia Fest. No campo cientifico, ainda em 2008 esta na agenda a realização da I Semana "Conhecendo Ceus e Terra" com o workshop II Conferência Cientifica da Cratera.
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